sabato 30 maggio 2020

Frei Klenner Antonio da Silva (Brasil) e povos indígenas



“E o próprio Senhor me conduziu entre eles e fiz misericórdia com eles” São Francisco de Assis


São Francisco, em seu testamento, diz que sua conversão aconteceu com a presença junto aos leprosos fazendo misericórdia com eles. Esses fatos e ess
as pessoas marcaram a vocação do Pobrezinho de Assis que fez seu encontro com o Senhor ao encontrar os pobres leprosos. Cada franciscano deve se perguntar: Quando e através de quem pude fazer meu encontro fundamental com o Cristo e, assim, mudou minha vida e disse sim à vocação?

 Minha caminhada vocacional teve um momento marcante no qual a resposta ao chamado de Deus pode se estabelecer de forma mais decidida e acertada. Esse encontro com o Cristo pobre, humilde e crucificado se deu no encontro com os povos indígenas no estado do Mato Grosso do Sul, em especial, com o povo Terena, povo do pantanal.

No ano de 2013 reunimos alguns religiosos e formamos um grupo de trabalho com as juventudes. Com o apelo das Irmãs Lauritas focamos o nosso trabalho junto aos jovens indígenas nas aldeias Tereré (Sidrolândia/MS) e Buriti (Dois Irmãos do Buriti/MS). Íamos com o intuito de estarmos junto aos jovens e às comunidades. Isso marcou nossa presença: estávamos como aprendizes e não como mestres. Os jovens, os anciãos, as cria
nças, as lideranças, os estudantes e professores muito nos ensinaram. As aldeias se tornaram escola das coisas de Deus e do ser humano, escola de cultura, de diferenças, de respeito.

Com o povo Terena, povo de “Grande Coração”, como costumo chamá-los, fui me tornando cada vez mais um amante das causas indígenas e me fez um apoiador dos múltiplos movimentos indígenas que buscam a dignidade e seus diversos direitos. Como adesão às causas dos povos indígenas e como resposta vocacional fiz minha consagração perpétua numa aldeia do Povo Terena, Aldeia Tereré. Esta que foi primeira aldeia que conheci, onde posso me sentir como parte daquele povo que a alguns anos me acolheram como irmão e filho.

Por isso, no dia 29 de julho de 2017, dia de Santa Marta, com pinturas, rituais, danças sagradas, adornos como cocares e colares celebramos a eucaristia e me consagrei a Deus naquela terra sagrada. O ser capuchinho na itinerância, austeridade, contemplação, com espírito de constante reforma e sempre na proximidade com o povo de Deus, especialmente os mais pobres e marginalizados, pude encontrar junto aos povos indígenas. Todas as vezes que estou nas áreas indígenas ou junto de um meu irmão ou irmã fortaleço a minha consagração a Deus e me entusiasmo pela missão. Cada situação, fato e presença é capaz de me encantar novamente.

Ao longo desses sete anos de convivência fecunda pude me tornar um pouco mais franciscano capuchinho e aprendi com os Terena algumas características desse povo, entre elas: a pessoalidade na coletividade com forte espírito fraterno; a conexão e interrelação com a natureza e os seres materiais e espirituais; o não acúmulo, mas somente a preocupação com o essencial da vida e para a vida perpassado pela simplicidade; o forte acento no simbólico através de adornos, pinturas, animais, relações etc. capazes de transpassar o tempo; a sacralidade do lúdico das danças e rituais que expressam a visão de mundo e perpetua as cosmovisões; a “in
genuidade” das ações capazes de leveza de vida; o respeito intergeracional que valoriza o mundo da criança, do jovem, do adulto e dos anciãos; a acolhida na gratidão como expressão da solidariedade; o respeito pelos sábios e lideranças; a capacidade de no caos encontrar a harmonia.

Tudo isso pude aprender a partir do espírito de abertura ao outro e com a gratuidade que são as necessárias disposições para a vivência da missão franciscana capuchinha. Por isso, sempre meu agradecimento à ordem capuchinha e ao povo Terena por todas as experiências frutuosas nessa missão.















Missão com brasileiros na Irlanda

Católicos em Dublin é o nome da comunidade que reúne brasileiros residentes na Irlanda, que atualmente estão sendo acompanhados por frei Severino Pinheiro, capuchino da Província do Nordeste do Brasil que colabora com a província capuchinha da Irlanda. O trabalho que vem sendo realizado e a numerosa participação são um exemplo vivo de que a Nova Evangelização é possível e necessária.


História
A comunidade surge no inicio de 2009, quando um pequeno grupo de brasileiros motivados pela saudade encontram um padre que tinha sido missionário no Brasil e que aceitou celebrar a missa em português. A primeira missa não chegou a ter 10 pessoas e foi celebrada na capela Santa Catarina, dos dominicanos. Porém, não desanimaram: começaram a convidar de todos os modos, com panfletos e convites pessoais nos lugares frequentados por brasileiros. Em poucos meses a capela ficou pequena e precisaram de uma igreja maior. Foi quando encontraram o Frei Bryan Shortall, capuchinho, que abriu as portas da sua paróquia à nova comunidade e desde do início de 2010, eles começaram a se reunir na Igreja de Santa Maria dos Anjos (St. Mary of the Angels).



A pastoral
A ação pastoral da Comunidade Brasileira Católicos em Dublin tem experimentado, em meio a inúmeros desafios, a força transformadora do Evangelho, capaz de tocar os corações mais áridos e sedentos. Para isso é preciso despertar nos agentes de pastoral a necessidade de sintonizar seus corações ao coração de Jesus, o Bom Pastor, do qual todos são instrumentos. A capelania está organizada em pastorais, movimentos e serviços. Além do capelão, a comunidade possui um conselho, formado por 7 pessoas, que conduzia as atividades antes da chegada de frei Severino e hoje atua sob sua orientação. Este grupo se reúne periodicamente para avaliar as ações da comunidade e planejar o serviço pastoral.


Os grupos:
* pastoral da acolhida – prepara os ambientes, recebe as pessoas e as ajuda. (30 membros)
* grupo de acólitos e cerimoniários – ajudam nos ritos sagrados (9 membros)
* café teológico – encontro mensal de formação nas várias áreas da teologia (± 40 participantes)
* ministério de música litúrgica – 35 pessoas divididas em grupos que se revezam na animação.
* catequese para adultos – aqueles que se preparam para a iniciação cristã (em 2020 são 20).
* consagrados a Jesus por Maria (Monfort) – colaboram organizando e preparados os novos.
* pastoral da comunicação (interna e externa) – estão presentes nas principais redes sociais.
* grupo de jovens Emanuel – se reúne duas vezes ao mês e participam uns 30 jovens.
* pastoral familiar – tem 5 casais lideres com trabalhos direcionados às famílias.
* formação para noivos – preparação ao matrimonio realizado as vezes na Irlanda ou Brasil.
* formação para pais e padrinhos – a cada três meses e participam geralmente umas 30 pessoas.
* grupo de liturgia – especialmente os leitores (uns 15) que colaboram nas celebrações.
* ministros da sagrada comunhão – atualmente são 5 que já eram no Brasil e outros se preparam.
* grupo do terço mariano – com 15 membros e tem outros que rezam em conjunto pelas redes. 


Atividades diocesanas
Mais de 50 voluntários participaram no Encontro Mundial do Papa com as Famílias em Dublin 2018. Outros estão participando na formação de líderes dada pela diocese. A comunidade acompanha as indicações dadas pela arquidiocese e está sempre a sua disposição.


Assistência social
Segundo as necessidades, a comunidade se faz solidaria e procura responder com atividades para ir ao encontro de irmãos que passam por momento difíceis seja de saúde, econômico ou com relação aos documentos. Também em ocasiões especificas foram realizadas atividades para as pessoas em situação de vulnerabilidade nas ruas, dando assistência a todos sim nenhuma discriminação, porém sem perder de vista o testemunho cristão.


Iniciativas missionarias
Algumas vezes a comunidade já fez a experiencia de evangelização nas ruas de Dublin dando testemunho de Cristo com criatividade a todos. Isso aconteceu especialmente em momentos fortes como nas novenas de Natal.


Outras comunidades
Mesmo que o trabalho oficialmente seja na arquidiocese de Dublin, frei Severino a pedido de grupos de fieis brasileiros que vivem em outras cidades e com a anuência dos párocos, está também atendendo quatro comunidades nascentes em Ballyjamesduff, Kentstown, Edendary e Cork, celebrando a cada mês ou a cada quinze dias e também dando um pouco de assistência às famílias, à catequese e estimulando as lideranças locais.


Programação da comunidade
A comunidade é muito viva com todos os grupos e pastorais que realizam cada um o seu próprio programa em coordenação com o capelão. Centro de todas as atividades é a missa do domingo, onde participam mais o menos 300 pessoas, porém, nas datas especiais o número dobra, ficando difícil encontrar acomodação para todos. Com um numero tão expressivo de participantes, a missa desta comunidade é uma das maiores missas de domingo na Irlanda.


Muito importante também é a festa de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. A missa é geralmente presidida pelo arcebispo de Dublin, e este ano que passou foi precedida de uma procissão muito vivida nas ruas perto do nosso convento.
Também o Natal e a Semana Santa são bem celebrados. Já há alguns anos a comunidade celebra todo o tríduo pascal em português.




O capelão
Sem dúvida, a vida da comunidade se intensificou muito desde que tem um capelão que se dedica completamente a este serviço. Frei Severino, com o seu espírito missionário, seu amor por Jesus Cristo e à sua Igreja, proporciona uma autêntica experiência de fé e acaba contagiando as pessoas para que se comprometam e colaborem. Esperamos que surjam vocações nesta comunidade e que novos freis possam dar continuidade a este importante apostolado.


Presença na net
Para quem queira acompanhar algumas das atividades ou ficar em contato, aqui temos alguns dos links que estão sendo utilizados:

 Página oficial da Comunidade no Facebook:
“Católicos em Dublin” https://bit.ly/2yTdetI

Perfil oficial da Comunidade no Instagram: @catolicosemdublin 

Canal da Comunidade no YouTube: https://bit.ly/2YiiXDM
“Comunidade Brasileira Católicos em Dublin”

Perfil do grupo de Jovens Emmanuel no Instagram: